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sábado, 21 de agosto de 2010

samba social /- meu eu compositor ! HAHA'

Samba Social (Édyh)

Dança, menina / da cintura que requebra. / Mexe, moleca / a tua ginga é que me quebra / Sobe no palco / que teu corpo é manivela / Paulistinha tá nos pés / Samba então, mostra pra ela

Diz então o proletário tem valor, ôi ! / Prova no meu choro que o cavaco é superior, ôi ! / Arrisca no teu passo que ela já duvidou, ôi ! / Revela tua cara que o dinheiro já tampou.

Amassa, senhora / que o salário vem depois / Estuda, moleque / pra não ficar igual a nós dois / Acorda, menina / que o samba já começou / Arrepia na tua dança / que logo já vem cobrança.

Diz então o proletário tem valor, ôi ! / Prova no meu choro que o cavaco é superior, ôi ! / Arrisca no teu passo que ela já duvidou, ôi ! / Revela tua cara que o dinheiro já tampou.


Dança, menina / da cintura que requebra. / Mexe, moleca / a tua ginga é que me quebra / Sobe no palco / que teu corpo é manivela / Paulistinha tá nos pés / Samba então, mostra pra ela

Chega todo mundo, vem de longe, abre a roda, ôi ! / Já tem rico, já tem pobre: palhaçada tá na moda, ôi ! / Com meu samba social, vai começar a requebrança, ôi ! / Porque o rico é quem toca e o pobre só cai na dança.

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Não é nenhuma obra-prima nem nada parecido com o Martinho, mas eu me arrisco e acho que é muito melhor do que certas coisas que ouvímos aí. Espero que tenham gostado.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Oito e cinquenta e nove

Da noite eu fiz meu abrigo. Enrolei-me nas estrelas e quis que a lua fosse meu travesseiro. No sonhos, eu pude ver o rosto do sol, que era além do que já se conhece, era quem me dava calor; e ainda, loiro como ele só, satisfazia todos os meu desejos. Quis rir. Mas a real vontade, é de chorar.
Chorar porque... por mais que eu esteja entre astros e livre nessa galáxia ilustre, eu fico longe de mim. Estou agora, exatamente no ponto mais longe que já estive. Daqui, sinto muito pouco o cheiro da terra onde nascí. Minha visão é escassa se for comparada  ao ano anterior.
Quando olho os caminhos de leite, eu lembro das estradas por onde passei e quantos sorrisos em corações podres eu plantei. Minha vontadade? E a minha vontade é rebubinar o filme do tempo e voltar no tempo em que as estrelas estavam longe. Porque melhor do que tê-las ao meu redor, é vê-las de longe e lutar para conseguir voar até elas. E que esse caminho seja longo, longo, longo! Longo para demorar a dar saudades. Porque a saudade mata e corrói aos poucos.
De que adiata chegar rápido ao topo da montanha, se o melhor da aventura foi a escalada? Se o melhor foi sofrer e procurar a paz? É claro que o gosto da conquista é bem melhor, porém, bem mais efêmero. Logo dá vontade de voltar e fazer tudo de novo, de novo, de novo, de novo, de novo... e quanto mais "de novos" couberem na tua paciência.
Uma coisa eu lhe digo, caríssimo amigo, melhor do que a chegada... é o caminho!