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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Saquinho de pipocas

Saquinho de pipocas doces é uma aventura. Acredite se quiser. Eu acredito, afinal já viví zilhões de aventuras com um desses. Sério?!
Imagine que hoje, eu consegui voar por todo o Rio de Janeiro?! E digo mais, não foi de avião não, dã! Foi em cima de um saquinho de pipocas doces, oras!
Foi assim: eu resolvi fazer uma pipa, até porque achei linda aquela cor meio rosa, meio vermelho e queria aproveitar de algum jeito. Então, peguei linha que minha mãe usa pra costurar, cortei umas sacolinhas pra fazer de rabiola e montei minha pipa. Linda! Depois, claro, saí lá fora pra fazer ela subir. Subiu! Então, eu coloquei o mapa do Rio no chão, amarrei a linha que segurava na grade do portão e fui pendurado na linha até chegar em cima da pipa. Ufa! É alto daqui de cima, tá vendo? Oiii!
Então assim, eu consegui voar por todo o Rio. Lá de cima, brinquei de adoleta com o Cristo Redentor, joguei sal no Pão de Açúcar, colhi uns tomates na Rocinha e por fim, joguei bola dentro de uma barraca, em Copa-cabana. Tuuudo de bom!
Logo depois, voltei pra casa. Escorreguei pela linha, desci a pipa, recolhi o mapa e entrei. Guardei o saquinho porque amanhã, provavelmente, eu quero conhecer São Paulo!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Por Mais Que Eu Reze - Ensaio I

Andarilho peregrino e vago, anda pelas ruas a procura de algo. Cansado das misérias que as pessoas lhe dão, desabafa.

ANDARILHO - Eu já me cansei de pedir esmolas. Já cansei de ser alvo da piedade: quanto mais me dão, mais me ignoram! Então, basta! Não os quero mais! Guardem seus trocados para seus cafés de amanhã! Ei, moça, tome este real e alimente tua beleza com seus batons cor de sangue. O senhor, compre teu bom e velho cigarro, que o alimenta desde os bons tempos da jovem-guarda. E o menino, compre teu lápis pois teu estudo é futuro...

O andarilho vai perdendo a atenção para duas senhoras que veem conversando.

PRIMEIRA SENHORA - ...e sem ele como alguém vai poder fazer alguma coisa? Pois é, menina. O nosso mundo está perdido, depois de tudo o que você me contou, eu juro diante do pé de Nossa Senhora Desatadora dos Nós que nossos tempos, já não servem mais.

SEGUNDA SENHORA - Pela Santa Cruz, vizinha! Eu já não sei o que fazer. Não adianta promessa pra santo e nem surra, o menino faz o que faz e ai de quem se meter a falar alguma coisa.

PRIMEIRA SENHORA - Eu não sei o que te dizer, amiga, não sei. Não consigo imaginar qualquer conselho pra essa situação. Meus problemas já são tantos, que mal posso tentar resolver o dos outros. Imagine se uma pessoa como eu saísse por ai tentando resolver os problemas dos outros, isso seria uma...

A atenção das senhoras é interrompida por um homem de trajes sociais falando ao telefone celular.

HOMEM - ... catástrofe total! Não dá! Não dá! Não existe essa possibilidade, seria como tentar colocar o Brasil dentro do Japão! O senhor tem que entender que eu não tenho condições o suficiente pra poder pagar tudo isso. Problema de quem? Não só meu, problema de todo mundo. Então, eu tenho que trabalhar oito horas por dia e não ter o privilégio de ver meu coringão quarta de noite? Ahhh, pelo amor de Deus. O senhor tá achando que dinheiro nasce em árvore pra cobrar tudo isso por um fio queimado da minha televisão? É a crise, é a crise! Agora tudo tá em crise?! Faça-me o favor, se o teu filho caga mole é por causa da crise?! Senhor, por favor, a gente tem que entrar num acordo. Se ficarmos brigando assim por causa de dinheiro, o mundo vai se acabar em...

O andarilho volta a cena.

ANDARILHO - ... andarilhos! Mendigos! Não é assim que os senhores me chamam! Obrigado! Pois eu, saibam, tenho vida e morada. Nunca corro o risco do teto desabar em minha cabeça e nem ser traído pelos meus amigos, pois não os tenho.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Elefantes

Outra hora, ouví reclamações lá embaixo. Olhei pra ver se havia amassado qualquer inseto. Não. Continuei, fiz "pliê", subi meia-ponta e dei pirueta. Ai! Que foi? Oras, mais cuidado com teus saltos! Que? Sim, mais cuidados com teus saltos, tu pulas feito elefante!
Que ofensa! Aliás, tenho setenta e nove quilos e me sinto um pássaro, que peso de elefante tanto falas? Elefantes de tua mente!
Só depois me dei conta que eram minhas sapatilhas que me falavam.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Frio

O feiche de luz passeava pela terra a fim de iluminar algo diferente. Do outro lado, a flor se desesperava, pois já havia passado seu tempo de vida e a coitada, tão coitada já estava despetalando-se.
Foi quando, em um rápido tempo o feiche passou tinindo pela flor. Foi e depois voltou. A flor, de tão triste nem sentiu mais que uma leve luz sobre sí mesma. Ignorou.
O feiche era insistente, e parou por ali. Seu desejo era que a flor, ao menos, sentisse o seu calor. A flor deu de folhas. O feiche não contente, alimentou forças para que seu calor fosse ao menos considerável. Nada. O máximo que a flor reagia, era gemer por cada pétala caída. Por força maior, algo que impulsionava o feiche ele se recolheu na velocidade da luz até o céu. Fez com que os outros infinitos feiches de luz se recolhecem também. Com isso, o vento pode passear livremente, as nuvens tomaram conta do espaço azul e começaram a brigar entre sí. Aconteceu uma enorme confusão no céu e as nuvens gritavam umas com as outras sem parar! Os raios gargalhavam em trovões. E a flor? Hahahahahaha! Se lamentava em desgraças, agora tuas pétalas rolariam água a baixo e sua beleza e vida, agora pertenceria à correnteza da chuva que estava por vir. Dito e feito.
No entanto, depois da tempestade sempre (costuma-se) vir a bonança. O sol pôde de novo aparecer e o feiche de luz, mais que rápido voltou a sua atenção a flor. Estava agora revoltada, pois num instante entendera a situação. Por que raios o feiche teria de se meter em tua vida? Ao passo que a luz batia em sí, ela se desviava. O feiche notou o desprezo e decidiu iluminar outras coisas.
Dias depois, a flor ganhara pétalas novas tão lindas quanto as que caíram. Ficara exuberante, porém, passou a sentir um frio que nunca sentira antes.

sábado, 4 de abril de 2009

Entendo

(Um poste com luz baixa. Há um sujeito com roupas de trabalho, amarrotadas. No chão uma garrafa de cerveja vazia e copos usados. Bitucas de cigarro compõe o cenário. Seu olhar é distante, atravessa a lua.)

Outro dia, eu condenei quem usava qualquer coisa pra beber e fumar. Meus pais já foram julgados por mim, como os pecadores seriam no purgatório (assim ensina a catequese).
Eles fumavam e ele bebia. Eu não gostava, abominava; poderíamos ter comprado a casa que tanto queríamos se parassem com tudo isso.
Eu era uma criança. Depois de crescer, de viver e me apaixonar; outro dia eu entendi eles.

Entendi as bitucas jogadas por minha mãe da janela do apartamente. Talvez, tenha entendido meu pai chegando com seus porres em casa.

Claro que tem coisas incontestáveis, mas eu entendi.
Entendi que quando a droga do amor invade nossas víceras, quanto o tormento da tensão insiste em cutucar-nos ou quando a coléra da tristeza ataca sem piedade... a carne é fraca e a gente precisa da natureza pra se fortalecer.
Entendi que os olhos humanos são fracos, pois acreditam que aquilo é a cura, mas não é...

Não faço apologias, meu caro público. Eu só entendo que quando nosso corpo produz uma droga sentimental, as pessoas usam outras (naturais) para aliviar.

É, eu entendo.

E que se fodam os significados.

(Recolhe tudo e sai. Garoa)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Pipoqueiro - Rascunho parte I

Escuridão. Ouve-se barulhos de pipoca sendo estourada, entra a melodia e uma voz OFF acompanha.

O PIPOQUEIRO

Se já faz noite
Ele se achega
Sempre em segredo
Pra quem não crê
Pára na praça
Perto de um banco
Sua cor é graça
Amarelo e branco
Em outros dias
Está colorido
Praça vazia
Noite de circo...

A voz se mistura com a de Amélia que entra com roupa de passeio, há um poste de luz e um banco de praça.

AMÉLIA - Pelas minhas contas, já era pra ele ter voltado! Mas já são oito horas e ele ainda nem apareceu. Poxa vida! (Abre sua bolsinha que e pega umas moedas. Contando) Logo hoje que mamãe me deu dinheiro pra comprar um saco dos grandes! Droga, viu?!

Senta-se no banco e fica de cabeça baixa, triste. Entra o vendedor de balões, nota Amélia.

VENDEDOR - Ei, menina! Quer balão?
AMÉLIA - Não, obrigada.
VENDEDOR - Por que não? Posso saber?...
AMÉLIA - Porque eu quero pipoca, e não balão.
VENDEDOR - Mas o pipoqueiro não vem mais aqui.
AMÉLIA - Eu pensei que ele viria, por isso eu vim.
VENDEDOR - Então, ele não veio. E acho que não virá assim tão cedo.
AMÉLIA - Por quê?
VENDEDOR - Porque o pipoqueiro encontrou outros motivos e razões. A pipoca não segurava mais ele aqui.
AMÉLIA - Você sabe o que aconteceu com ele?
VENDEDOR - Sei. O pipoqueiro era meu amigo, contou-me tudo antes de ir embora.
AMÉLIA - Então me conta!

Ouve-se o dedilhar de um violão, o Vendedor canta.

VENDEDOR -

História de vida

Chega uma hora
na vida da gente
pode ser agora
assim tão derepente
Ou pode ser depois
depois de um
ou outros dois
que tudo fica incomum.
O homem quando vê
a beleza d'uma moça
faz tum-tum batê
quebra-quebra toda loça.
Assim foi que aconteceu
na vida do senhor
A jardineira conheceu
plantou nela amor...

[ Continua... ]

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A coisa mais linda que você já me disse

Beto e Núbia. Um apartamento com sofá, criado mudo, cavalete e cinzeiro. Núbia está pintando, Beto chega do trabalho.

B - Ainda pintando, Núbia?

N - Sim, estou tentando terminar esta tela.

B - Ta inspirada, hem!

N - Graças a Deus! Há tempos que eu não consigo gastar boas horas pintando.

B - Desde que nos mudamos pra cá.

N - É... talvez seja o pouco tempo que estou por aqui. Estou me acostumando com as paredes, janelas e carpete. Tudo isso faz diferença na hora de pintar.

B - Você acha que essas coisas só influenciam na sua pintura?

N - Não. Em tudo, mas não sei dizer no que mais.

B - No sexo. Desde que nos mudamos nunca mais transamos como antes.

N - Não tinha percebido. Pra mim, está como sempre.

B - Você é mulher. Sendo bem ou mal fudida, geme do mesmo jeito.

N - Opa! Não é assim não! Você se esqueceu que casou com uma supersincera?

B - Ah é?

N - É. Não pense que se não reparei nada diferente é porque deixei de pensar...

B - Eu não quis dizer isso.

N - Ah não?! Vocês homens nunca querem dizer nada disso que estamos pensando.

B - Só reclamei das nossas transas. O lugar pode estar afetando.

N - Não! Acredito que o problema não tá na merda desse apartamento novo!

B - Está aonde?

N - Não sei. Em qualquer lugar... quem está falando é você, José Roberto. Então você é quem deve saber onde está o problema.


Para de pintar, joga as coisas no sofá e vai saindo brava.

Beto a segura.


B - Você não vai a lugar algum.

N - Solte-me, Beto! Você conseguiu acabar com a minha inspiração.

B - Não, só quero que você use-a comigo.


Núbia olha pra ele.


B - Ta vendo?

N - O que?

B - Seu olhar...

N - Não o vejo.

B - Olhe pelos meus olhos.


Beto põe as mãos sobre o rosto de Núbia e vem trazendo seu corpo ao dela.


B - Essa é a coisa mais linda que você já me disse.


Beijam-se.


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Respondam-me: O que vocês sentiram?


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Ganhei!

Ganhei da mais nova amiga * PATTY * do Borboletas no Estômago!

Adorei, muito obrigado, Patty. Tão pouco tempo entrando na turma e já ganhando presente. Hehehehehe! Então, vou repassá-lo a todos os caros amigos a seguir:

A Madrasta Má

Romance em versos

Lua do Antiquário

AMANHECEU... UM NOVO LINDO DIA!!!

Andando na chuva

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That's it! Uma ótima semana e...
Até a próxima sessão!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Choro te faz triste - Nas Asas da Borboleta

Carola é uma borboleta, Marimberta uma lagarta e Lúria uma mariposa. Marimberta se sente feia e Lúria sempre a estimula a se sentir mais feia. Carola quer que Marimberta veja a vida com outros olhos, além dos olhos com que Lúria apresenta o mundo a ela. Acontece, que Lúria é frustrada, pois em sua infância era chamada de feia pela própria mãe... Numa conversa entre as três ela desabafa e há um momento de conforto.

CAROLA -
Não chore, pequenina
Que o choro te faz triste
Alegra teu rostinho
Que sorriso nele existe!
Abraça seus amigos
Que o abraço fortalece
Ele te faz abrigo
O amor é que te aquece...
E a verdade está nos sonhos da gente!
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Trechinho da minha ultima obra Nas Asas da Borboleta, fábula musical infantil. Ainda quero postar outros trechos, é bem rico!
Ótimo final de semana!
Até a próxima sessão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Memórias de um marinheiro

[...]

(Pedro imitando Ritinha)

"Pedro, você vai pra guerra?"

Vou! Quero dizer, não, Ritinha. Eu vou pro mar!

"Mas esses navios, vão pra guerra!"

Bobagem, Ritinha. O importante é que vou estar onde eu quero. Você também vai querer ir pra algum lugar onde se sinta bem. O meu, é o mar!

"Está bem, Pedrinho. Você está certo. Tem que ir em busca dos seus sonhos. Eu também vou atrás do meu!"

Qual é o seu, Ritinha?

"Ah! O meu? É ser atriz de cinema! De fazer grandes filmes: comédias, dramas... e romance!"
Romance, Ritinha? Você gosta?

"Sim, acho lindo. Ainda mais aqueles em que o mocinho é alto, forte e bonito. Pega a gente assim e lasca um beijo!"

Assim?

"Pare de sem-vergonhices, Pedro! Estava só dizendo como quero fazer um filme..."
Ritinha, antes de ir embora quero fazer uma coisa!

"O que é?"

Coisa de filme de romance.

"Que coisa?"

Ah você sabe... aquilo que eles fazem nos finais de filme!

"Não sei não, Pedro! Eu nunca assisti! Só estava comentando!"

Sabe sim, é coisa boba de mão com mão, braço com braço, boca com...

"Boca com a minha mão se você vier fazer graça! Você sabe que não tenho idade e não estou preparada."

Só mão com mão!

"Não!"

Dedo com dedo?

"Não!"

Unha com unha? Sim!

"Também não, bocó."

Então eu vou embora, dizer adeus pra Dorinha!

"Não! Volte aqui! Vamos, diga, como é que é esse negócio de mão com mão?"

(Pedro senta-se)

É assim, você põe a mão na minha perna e eu coloco a minha na sua. As mãos fazem carinho, os dedos se encontram até que eles deitam e o nosso compromisso ta selado.

(Faz tudo como dito, com as duas mãos.)

"Pronto, Pedro. Já deu."

Adeus, Ritinha.

"Espera, Pedro! Fica assim, de frente pra mim. Abra os braços e me abraça, Pedrinho! Me abraça!"

(Quando ele vê, está abraçado sozinho.)

Ritinha me deu uma foto nossa, e seu abraço mais gostoso. É abraço de papai de Noel na época de natal. Forte e gostoso, pra ver se o presente vem no dia vinte e cinco.
Depois me despedi dos amigos, do tio Dorival e da família lá de casa. Cada um me deu uma foto.
E a minha partida foi a mais linda.

(Pega a mala, surgem barulhos de navio e música animada. Pedro sobe em um plano e de frente, acena com as mãos dando adeus.)

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Fragmento do monólogo Memórias de um marinheiro. Quem fala é Pedro, marinheiro perdido em alto mar que lembra dos grandes momentos de sua vida. Esse é um dos meus trechos preferidos, quando se despede de Ritinha. Mais? Pede e eu posto.
Obrigado ao pessoal que me recebe muito bem na blogosfera! Estou linkando todos.
Até a próxima sessão!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Compra de Briga

O lugar é todo branco. Aparece Eu Hoje (EH), num sofá lendo um livro está Eu Ontem (EO) e numa escrevaninha Eu Amanhã (EA). EH parece entusiasmado, EO entretido no livro e EA, talvez escrevendo algo com pressa.

EH- Gente, comprei a briga!

Silêncio.

Comprei a briga, gente! Estão ouvindo?

EO para de ler e senta-se.

EO- Comprou o quê?
EH- A briga!
EO- Que briga? Do que você ta falando?
EH- Da briga, filhote. Eu já me decidi! Poxa, to feliz da vida!
EO- Mas, decidiu o que? O que vai fazer?
EH- Vou fazer o que eu sempre quis!
EO- E o que eu sempre quis?
EH- Ué! Você não sabe o que sempre quis?! Ei, aquilo que você vai querer fazer quando crescer, quando tiver a minha idade!
EO- Eu ainda não tenho a sua idade. A única coisa que eu sei é o que quero agora!
EH- Você já deveria estar sabendo. Afinal o que você quererá, eu quero e ele quis.

Apontando pro EA.

EA- O que eu tenho a ver com isso? Não me envolvam nesse papo de criança versus adolescente!
EH- O que você tem a ver? Tudo a ver! Pois o que eu estou querendo agora, é o que você está fazendo! Se você tem tudo o que tem, deve a mim! Pois fui eu quem um dia pensou em ter tudo isso, em ir correr atrás de tudo isso.
EO- Eeei, não se esqueça de mim, ô seu bocó! Se você é tudo isso que está falando agora, deve tudo a mim! Pois se tem coragem pra enfrentar tudo isso e força pra conseguir tudo, foi por causa de mim que sempre sonhei em ser isso que ele lá ó, tá sendo.
EA- Parem com essa discussão pra cima de mim! Eu to precisando escrever! Escrever muito! Tenho espetáculos pra estreiar, figurinos pra fazer e projetos pra montar. Eu não paro e estou tentando escrever uma peça porque é meu trabalho! E nenhum de vocês dois fez isso por mim.
EO- Ô senhor metidão a artista, pois saiba o senhor, que se tem a capacidade que tem é porque eu leio muito, eu desenho muito e penso demais, tás?!
EH-Muito bem, menino! E se você consegue fazer tudo isso é porque eu fui um dia atrás pra aprender tudo isso, e porque um dia eu comprei a briga!
EA e EO- Que briga?
EH- Essa briga que estamos tendo. A do seu sonho, menino e a do seu sucesso, senhor.

Silêncio de reflexão. Todos entre olham-se. EO volta a ler. EA a escrever e EH liga o computador e vai postar em seu blog. Luz some.

FIM

*

O Corra enquanto é tempo recebe uma cara nova e conteúdo novo. Agora é um blog de textos teatrais, onde a dramaturgia é a peça chave. Por que isso agora?

Porque eu comprei a briga.

Agradecimentos: Drama Diário pela inspiração.
Até a próxima sessão!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Postagem especial de aniversário!

Salve, pessoal! Bom, hoje eu não vim aqui pra colocar meus contos, peças e poemas. Vim só reativar e colocar um memorando, pois tá fazendo um ano que eu posto aqui no CORRA ENQUANTO É TEMPO. Nunca pensei que um blog poderia durar tanto. Hehehehehe.
Mas, é muito legal alcançar esta data.
O CEET pode não estar nos topos dos mais lidos nem ter zilhões de comentários, mas é especial pois é aqui que eu tenho vontade de escrever e tem pessoas confiáveis e inteligentes lendo.
A todas as amigas que vêem lendo o CEET meu super obrigado e vamos juntos blogar em 2009!
Mesmo conhecendo pouco algumas de vocês, já gosto muito pela personalidade e caráter que vocês mostram nos posts!

MUITO OBRIGADO!

E para dar um ar novo, eu coloquei na imagem de cabeceira fotos do espetáculo CORRA ENQUANTO É TEMPO do Grupo Galpão, que eu amo esse espetáculo e é em homenagem a esse grupo que meu blog leva esse nome.

Agora você entende?