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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pela janela



E por aquela janela, de vidros arranhados e marcados, com uma persiana cinza aparentemente nova, impedida por uma grade enferrujada que imita tijolos, eu, durante as fugas de meu trabalho pude ver um antes e um depois.
Um antes; um claro pobre que refletia cores apagadas para uma manhã. O chão de concreto seco e rachado não recebia nenhum de seus habituais pisões. A árvore estática no seu centro isolado, talvez soluçava em silêncio as angústias desse novo dia.
Um depois; do céu gritavam trovoadas sutis, porém, decididas a provocar qualquer coisa. E no vazio dos segundos, foram-se caindo as primeiras lágrimas de uma nuvem atormentada. Foram as primeiras, depois as segundas, as terceiras... até que de toda a festa, a água era a única rainha e protagonizava a cena.
A janela era apenas um portal para uma outra realidade também real. Eu no meu ambiente, num corredor cheirando a tinha velha, ouvindo as preces das professoras querendo ensinar e as besteiras ditas por crianças de má educação e tão perto dalí, uma outra atmosfera. Muito mais rica, muito mais natural.
Ah! dois ambientes tão próximos e tão distantes. Como pode chover lá fora e cá dentro não?
Que pergunta besta. É melhor voltar ao trabalho.

4 comentários:

Tina disse...

Oi Eddy!

A vida é assim: tudo tão perto e tão longe ao mesmo tempo... para resolver isso temos a imaginação, certo?

beijos,

Mariah disse...

sempre morei em casa. janela de casa é chato. outro dá para o quintal ou para outra janela...que chato.
quando passei a morar em prédio, fui logo escolhendo o 10º andar e me deliciava com a janela ...
mariah

Vaninha® disse...

Minha janela da varanda me da uma bela vista...
Bom fim de semana e uma ótima ssemana.
Bjs

Adriano. Mota(drico) disse...

Realmente uma ba vista é bem vinda...
heheh
Amigão parabens pelo blog.
lhe adiionei no meus favoritos..
http://travessiaarte.blogspot.com/

grande abraço!