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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Carnaval fantástico dos meus sonhos meninados.

É muito engraçado, pois, toda vez que chega o Carnaval, chega junto aquela máquina do tempo. Uma máquina que me faz lembrar os tempos de criança. "Mãe, tá chegando o carnaval?", "Tá, meu filho. Você sabe que depois do seu aniverário vêm: Natal, Ano Novo, o aniversário do seu pai, o da sua mãe e então chega o carnaval!". E era verdade, porque na televisão já passava uma mulata sambando com o corpo pintado em cima de uma esfera.
É mágico. Sempre tentei ver o desfile todo, mas nunca conseguia. Mas, na reprise a TV era minha! Tantas e várias reproduções eu tentei fazer... minhas portas-bandeira feitas com chapeuzinho de aniversário ou filtro de café de papel... os carros alegóricos eram caixas de papelão todas ornamentadas com lantejoulas, glitter e brinquedos. Os nomes das escolas? Ah, estes eram vários: Águas Cristalinas, Unidos de Tanabi, Segundo Brandão Falou. Risadas.
E o sonho meninado de um dia poder pisar naquela pista e sentir aquela vibração. É um mundo encantado que me encanta cada vez mais. Tudo é brilho, tudo é pluma, tudo é cor. Tudo se aprende. Tudo se perde. E tudo se completa. Pra começar o ano bem. Pra relaxar antes da vida cotiana. Pra se preparar pra quaresma, que desaparece só lá na Páscoa.
E eu, com aquela porta-bandeira rodando em meus olhos. Com aqueles destaques magistrais representando qualquer coisa menos importante que o Carnaval em si.
É época de se lembrar da Columbina e do Pierrot. Um amor tristonho. E sempre eu que fui a Columbina, a saltitar por todo o carnaval seu balé de doçura e deslumbramento, este ano talvez, eu seja o Pierrot. Aquele que chora por um amor perdido pouco antes do carnaval.
Ah, meu querido. Se você soubesse o que tudo isso é para mim.

"Surge, oh sol, e mata a Lua: que já desmaia pálida de inveja, por ver que tu, sua sacerdotisa, és mais bela do que ela."
-- Romeu ( Romeo and Juliet - W. Shakespeare)

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